Nos dias 29 e 30 de outubro, a FAPCEN, em parceria com a Embrapa Maranhão e com o apoio do Deputado Márcio Honaiser (PDT-MA), recebeu produtores e técnicos da região de Balsas para o curso Manejo da Roça Sustentável, realizado na Sede da FAPCEN, Fazenda Sol Nascente, BR-230, KM 384, em Balsas, Maranhão.
A iniciativa faz parte do projeto da Embrapa Maranhão Ações de Pesquisa e Inovação para a região do Matopiba, financiado por emenda parlamentar com o objetivo de promover expansão sustentável e inclusão produtiva da agricultura familiar e pecuária na região. O curso foi dividido em duas etapas: teoria e prática.
No primeiro dia, realizado no auditório da FAPCEN, os participantes receberam orientações sobre qualidade de sementes, preparo do solo, calagem e adubação, escolha de áreas e manejo da Roça Sustentável.
A superintendente da FAPCEN, Gisela Introvini, ministrou palestra sobre a importância da qualidade das sementes para a agricultura familiar, enquanto o analista da Embrapa Maranhão, Carlos Santiago, abordou técnicas e conceitos essenciais para a produção agrícola sustentável.
O segundo dia foi dedicado à prática, com a instalação da Unidade de Referência Tecnológica (URT) da Roça Sustentável na área de campo da FAPCEN. Os participantes aprenderam na prática a medir áreas, dispor linhas, cortar manivas, regular máquinas, adubar e plantar culturas como milho e mandioca, aplicando o conceito de “aprender fazendo”. Segundo Santiago, o treinamento abrange desde o plantio até a comercialização da produção do agricultor familiar, promovendo tecnologia e inovação de forma integrada.
Para Marco Bomfim, chefe-geral da Embrapa Maranhão, a Roça Sustentável ajuda a melhorar a produtividade e a renda de agricultores familiares, que representam mais de 80% dos produtores da região do Matopiba. “É uma produção organizada e sinérgica, com rotação e consórcio de culturas, promovendo máxima produtividade e sustentabilidade”, explica Bomfim.

O que é a Roça Sustentável
A Roça Sustentável é um sistema agrícola que organiza a diversificação das culturas em faixas ou fileiras, evitando competição por nutrientes, água e espaço. Sem uso de fogo, o sistema permite o cultivo integrado de mandioca, arroz, milho, feijão e outras culturas, aumentando a produtividade, reduzindo a carga de trabalho e gerando mais renda e segurança alimentar para as famílias.
Além dos benefícios sociais, o sistema também contribui para a preservação ambiental, melhorando a fertilidade do solo, a ciclagem de nutrientes, a manutenção da biodiversidade e a recuperação de áreas degradadas. Nas regiões que adotam essa tecnologia, ocorre uma mudança gradual de atitudes entre produtores, autoridades e instituições, promovendo desenvolvimento regional e inclusão produtiva.